Soneto a minha Rainha Alceste

Qual bioluminescentes cogumelos,
Devoradores de hidrocarbonetos,
Reluzem, sem razão, os meus sonetos,
Já fartos da ilusão de serem belos…

Setenta e duas virgens d'olhos pretos,
Sobre o cadáver frio dos meus anelos,
Boiando ao D'ouro e ao Letes paralelos,
São espectros de covardes Admetos,

Vendo morrer por um, a sua Alceste!
De quem ouviu: - Que algo além te reste
Dos beijos sem amor d'outras mulheres...

Senti a Dor do Mundo em cada poro!...
Portanto, assaz ingrato Amor, te imploro!
Honres meu Sacrifício, Rei de Feres!

(Queiroz Filho)

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