PERDESTE, INFELIZ, A TUA ESSÊNCIA
Perdeste, Infeliz, a tua essência!...
Já não és o indivíduo que supunhas...
A impaciência devorou-te as unhas;
O amor legou-te o trono da demência...
Poeta? Artista? Frívolas alcunhas!...
Tarda queixa Niilista?... Inocência!
Consciência mausoléu da inconsciência,
Revista convulsão sem testemunhas...
Coração, rubro ouriço invertido,
Espinhas com espinhos recruzados...
Morto Amor, pesadelo mais querido...
Nesta praia dos náufragos forjados,
Sobre a alva areia escrevo o aqui sentido:
Meus versos, chegarão aos Desgraçados?...
(Queiroz filho)
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