CARRIE, A EX-ESTRANHA


Enfim, estamos na eminência do ansiado baile... Carrie, exibe-se dentro de um deslumbrante vestido de reluzente alvor. Sua maquilagem, singelamente discreta, reaviva todos os seus delicados traços cativantes; seu batom; comportadamente rubro, é o prévio e côncavo emblema da lacônica confissão, puramente gestual de seus finos lábios, em direção a sua amada mãe Mag: -" Amo-te!"

Sobre o palco, ao lado do viril e elegante rapaz Tommy, nossa melindrosa menina, tenta com muito custo; ironicamente segurar atrás dos olhos, o pranto, o qual sempre derramara constantemente sem hesitar. Porém, eis a melíflua verdade: - Este é de inextinguível alegria! Se antes chorara por empatia às inocentes vítimas de guerra, hoje chora pelo simplório sonho obtido: ser destaque num baile da escola. Heroínas, também merecem descanso! E que não saibam nunca disso, os desvairados deflagradores da nova guerra, muito menos de seus extraordinários poderes telecinéticos, além de muitos outros, usados para desviar misseis e inviabilizar tanques, navios e até mesmo aviões!

Porém, no exato instante em que Carrie abraçada, em repentino gesto, por seu, antigo e desejado amigo Tommy, com que fixa olhares sob a ardorosa linha ascendente de seu rosto, ouve bruscamente, inúmeros premonitórios gritos de crianças, ante o primeiro abalo de um aparente terremoto, dizendo a tal amigo: - O dever me chama!



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